domingo, 27 de abril de 2014

Quixotismo



Moinhos de vento a bater
no teto do meu olhar.
Temendo os nigromantes
que querem tudo em caos transformar!
Amigo, deve-se ser forte e temer
tudo que seja além, que se porte
como se não valesse a pena dizer "amém"!

Tempestade no oceano pagão:
no respiro de Satanás
existe sempre algo ruim para dizer.
Eu temo o vento me levar
para longe de todo seu amor,
Dulcineia! - escutando, surpreso, solfejos
de uma flauta satírica os ventos cantar.

Às vezes temo temer tudo o que vai chegar de além,
mas teimo em teimar tudo o que é de mágico
reinventar.