domingo, 6 de setembro de 2009

A maçã, Satanás e a epopéia humana

Tu penteces,
tua mente,
tu mentes
para poder viver.

A maçã foi movida
por tua mão,
mas tu a serpente culpaste.
Tua mente
se perde no passado que tu inventaste
para afirmar tua força tola,
afirmar que tua voz não é louca.
Tu pertenceste a um reino
sem rei e sem Mágico de Oz,
que tua mãe criou para te iludir.
Tu criaste um mundo arcaico
com livros e santos virgens,
mas eles não fizeram sexo?
Tua mente mentiu para meio
mundo quando disse que foste tu o rei de Sião!
Tua mãe,
tua mente mentiu para as gentes do mundo.
Tu moveste o mundo inteiro,
criaste uma cidade com sua Torre Central,
fizeste a ponte do milênio,
tiveste a chance de mudar,
mas preferiste morrer sem graça.

A maçã foi movida,
mas o cavalo do tempo
culpou Satanás,
mas foste tu que a moveste.
Tu construiste as vidas
e as mortes de Jerusalém
pelo simples desejo de ver teu Messias.
Tu mataste em nome de Deus,
tu e tu sem a paz de um mero adeus.

Quando o tempo se fizer eterno e sem mágoas vagabundas,
tua mente e tua história serão lembradas como verdades
de uma terra, de uma era parca de razão e de todo imunda,
que a mais torpe das feras naturais, a fétida Humanidade,
se fez soberana de um mundo pagão,
onde a luz e a paz não eram a razão.

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