segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Viver Mais

Canta o mar
por entre as franjas do céu
com tristeza no olhar.

É vívido o réu
que de um dia atrás
vivia lépido ao léu...

...Não vive mais...

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Mehestah Ana-Bahal'z'Okt


Kulima'verva aknat vorina'z
z'Kitah ki plumine kaikand fa int.
gort Mehestah'push'z
Okt'kadae fa int chrum
z'sharsh'hellam,
aknat vetat'kaikutemt'z
aknat feterlaifut'shar'z cui lan.
af hut pilatie fa anaovrut'auriat'Lai'z

Vert af vertiesh li'iband za Knul
Argreat af argreatish'bellt iband za anaKnul
Li'kadand syhellam fa int SyHellam'Hellish'z'blurish'pulimat
Naur jiishemt af vilishemt 
ka hucet za Mereat za Kulimt af Rilimt
za Vorilz'Gnal

Zy okt
zy doht
af au ata li'kela emnem movrah
ka virilimem Bahal-bahalie vertiesh
li'ibe fa liz erieta li'ai'atah
ka kadash'arion li'kela feterlaifah emnem
li'ibe fa aur anakerash'mosh varkah

Mefestá a Cidade dos Sem-Rei


A Harpa toca diante do trono
de Citah, qual a neve caindo por entre
os campos da antiga Mehestah.
Cidades passaram por entre o tempo
do mundo pagão,
diante dos deuses caídos,
diante do mal renascido em mim
e feito menina aos olhos fechados de Deus.

Espadas e guerreiros vindos do sul,
bestas e feras bestiais oriundas do norte
cingindo o céu por entre as nuvens gélidas do Céu Hélico,
mas puras e pueris
quais os rostos das Mereat dos lagos e rios
da Ilha da Paz.

Setes urbes,
sete reinos
e um amor pode tudo tocar
de quando o jovem rei-rainha guerreiro
foi por seu irmão se apaixonar,
de quando a língua morta que tudo
pode fazer renascer
foi para uma boca errada despertar...



quarta-feira, 22 de outubro de 2014

O Canto das Duas Cidades


Debaixo do Vale Negro
existe algo que não se pode tocar,
existe algo de mágico e de gélido
que faz tudo em torno se congelar.
A cidade acima feita de Luz
e de lépidos jovens a amar
é ameaçada desde tempos imemórios
pela cidade debaixo.

Debaixo do Vale Negro
e tocando as margens do Mar Desejado,
existe um povo feito de terra
e de ferro,
um povo que não se pode tocar com os
dedos desnudos,
um povo que se alimenta de grito, de berro.

As cidades contradizentes
reinam supremas no continente.
As cidades contradizentes
reinam eternas em nossas mentes.

sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Reprodução




Tocado com dedos
diferentes dos que eu era antes,
caminhando pelos bares,
caçando olhares,
sentindo-se sozinho, aliás,
olhando e te procurando atrás.
Chegamos muito perto.
Existe algo que me faz gostar
de ficar aqui pensando
no seu corpo se reproduzindo em mim.

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

O Pretérito





E se eu não tivesse dito sim?
E se eu não tivesse voltado
tão perdido de mim?
E se eu não tivesse esquecido
tudo que foi feito?

Eu não me importo com as possibilidades,
não me importo com as ocasiões de sim ou de não,
mas me importo com todo o amor que nasceu...

E eu sei que você já não está aqui.
E eu sei que você não me quer mais,
que anda rindo de meus desejos
tolos e de minha futilidade vã,
mas eu não criei tudo isso para depender de você...

Eu não me importo se você não me conhece,
se não sabe tudo o que eu vi e o que eu senti,
porque sei que não importa se fui o que se arrependeu...

Sigo sombras por toda vida,
sombras do que passou,
penumbras sólidas de despedidas,
talvez de amores lépidos...

Sigo meus olhos e não vejo
sombras para me assustar
além do Pretérito...além da memória
de algo que se foi gélido...

sexta-feira, 12 de setembro de 2014

O Dior Acabou Com Meu J'adore



Você me deu tantas coisas
pra pensar nestes dias
que se passaram.
Eu sinto como se não tivesse
chão para pisar,
como se não tivesse motivo pra andar:
apenas sentir o vento fluir.

Você me deu tantas fantasias
para tecer nas noites
de labor e de dor.
Eu sinto como não estivesse
mas na terra desde antes.
Na noite qual amantes,
eu tive mil motivos para te amar.

Você me levou pra tantos sentidos
e tantas foram as profundezas
que de mim foram dissipadas.
Eu sinto como se não houvesse
mais de mim pra outrem,
como se não houvesse nada além
do que sentir meus pés soltos no ar.

Naquelas alvoradas acordados
tentando motivos novos para se satisfazer,
naquelas noites mal dormidas
de tentativas fortuitas de me dar prazer,
eu sinto tudo rodando na minha mente,
sinto tudo ardendo na minha voz silente.

Eu sinto que não estava na terra,
sinto que não estava tocando o chão,
não estava vendo nem a Primavera
nem a vinda da estial estação.


segunda-feira, 23 de junho de 2014

Deus, me perdoe pelas coisas que eu não posso entender!


Errar é natural,
qual antes de se escreverem as eras,
primaveras e outras amarras singelas
a acorrentar,
a afugentar liberdades sinceras.
Temendo quem sabe
o que de mim mesmo, alguma parte
da metade que se foi nesta tarde,
mas é preciso continuar,
continuando eu sigo em meu Versace.


domingo, 15 de junho de 2014

REQVIEM



A morte é a única certeza da vida.
Saberá temê-la eu em constância
para, na despedida, sabê-la aceitar.
A morte é a flor mais singela da Primavera.
Saberá tecê-la Deus com sapiência
e toda presteza que advém de Minerva.

A morte é dileta no seu ceifar,
qual as noites, não há nunca de se calar!

domingo, 8 de junho de 2014

AFROD!S!ACO MANJAR



Manjá de ambrosia
n'um batel pelo Tártaro a navegar.
No Dite, eu toquei o Caronte: fi-lo deitar
diante de Hércuba, a infernal.
Eu sei fazer todo o Parnaso se elevar
perante o Febo descomunal.

Cítrico vento Zéfiro que vem de longe
e faz tudo em fúlguras se desfazer,
traga-me argênteos pomos para deles
presentear com louros e laudas de amor o meu prazer.
Não quero dizer poemas
nem perder tempo com promessas no papel,
preciso de presentes para meu amor.
Sopre vento doce, eleve os panos do batel
qual fez tu com Dante e Virgílio na Comédia.
Eu desejo um Febo deitado no meu panteão,
fazê-lo tremer por sobre o chão,
qual fez a Pompeia o Vulcão!

Eu preciso de Deuses no meu suco real,
preciso de motivos felizes
para com eles criar um vestido surreal.
Eu preciso de um presente
para meu amor. Tecendo matizes de Afrodite
dentro do seu olhar de paixão,
criar saturnais, bacanais primaveris em Recife,
porque toda forma de amor
é uma busca pela morte da individualidade.
Eu tomo seu néctar e fecundo
nele toda minha inventividade.

Febo, Deus ativo feito androceu,
fecundou-me com poemas de paixão
e, neles, o seu vigoroso caduceu
tornou fértil o solo salobro do meu coração.

POSTAGEM HIPERMETRORRÁGICA



Hipermetafisicamente ligados
num âmbito contingencial,
somos carne um do outro,
somos um pouco além, animal!
Ele é um demônio que me corrói por dentro,
e, doendo, sigo cantando contra o vento,
porque eu sei que você não poderá vislumbrá-lo!
(Eu quero morrer nele - quero matá-lo!)

Questiono os astros sobre
a legitimação de Afrodite,
mas sei que existe um bem em mim
que não conheço - acredite!
Ele é um ativo animal a me destruir por dentro,
e, sedento, chupa meu sangue. Recomendo
não temer mentiras e nem lesbianismos aqui!
(desejo um carma novo que nunca senti...)

Ele detém dedos e manobras a se fazer,
mas eu não conheço o tempo que posso testemunhar...
Eu fumo pequenas moedas e deixo seu perfume sair,
mas eu temo seu corpo em mim ( ser consumido às vezes dói).
Avidez por dollars... Temo Eluard em meu apartamento,
mas o seu beijo pode deixar tudo mais claro por dentro...
Deixar mais claro por detrás do buraco do figurado e do tempo.

domingo, 18 de maio de 2014

Desoxirribonucleose Nacionalmente Atívica (not passívica!)



Criticismo retumbântico
e profético na minha pessoa.
Sentir o amor é sempre
uma coisa feliz e boa,
mas talvez haja algo que eu possa me injetar,
alguma forma de te ter eterno em mim e em mim se findar.

Eu já aprendi todas as diretrizes
da arte e da moderna família.
Mas eu não entendo como ainda
encerro em mim tanta fantasia.
Talvez a única razão de existir seja aqui ficar,
porém, entretanto, existe algo em ti que me faz durar.

Ponha tudo o de pornográfico para fora:
o faço vibrar!
Ponho em ti algo que em mim não posso,
decerto, achar!
Existe alguma forma de amor que não se pode vender?
Existe alguma razão de em ti meu corpo se perder,
mas a vida de Cristo não foi em vão!
Existe no DNA alguma nova forma de nação!

domingo, 27 de abril de 2014

Quixotismo



Moinhos de vento a bater
no teto do meu olhar.
Temendo os nigromantes
que querem tudo em caos transformar!
Amigo, deve-se ser forte e temer
tudo que seja além, que se porte
como se não valesse a pena dizer "amém"!

Tempestade no oceano pagão:
no respiro de Satanás
existe sempre algo ruim para dizer.
Eu temo o vento me levar
para longe de todo seu amor,
Dulcineia! - escutando, surpreso, solfejos
de uma flauta satírica os ventos cantar.

Às vezes temo temer tudo o que vai chegar de além,
mas teimo em teimar tudo o que é de mágico
reinventar.




domingo, 19 de janeiro de 2014

O Cenário



Luzes apagadas,
penas caídas pela sacada,
olhos vidrados no que vai ocorrer.
(talvez eu possa, baby, com você!)

Vestimenta adequada
para uma situação delicada,
mas você será perfeito no seu jeito.
(talvez eu posso ser aquele sujeito)

O cenário está armado, baby,
nós temos o álibi certo e eu quero fazê-lo brilhar!
(talvez eu posso ser seu e tudo daria certo)
O campo está aberto, baby,
nós temos o perfeito motivo para fazer amor agora:
nada poderá nos fazer parar!
(eu acho que nada pode ser mais dileto)

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Toda Lascívia Escorrendo No Teto


Toques entrelaçados de lascívia
e de tesão (talvez nada eu conseguisse mais dizer...)
diante dos olhos escuros, diante de toda desolação.
Talvez não exista muito o que dizer,
mas eu queria ver você de novo no teto: brilhando no espelho.
Eu sigo partido ao meio,
por entre sujeira e por entre o devaneio alheio
que é pensar ser algo além,
que é viver a vida querendo sempre o que é de bem.
eu tive tantos desejos para esconder,
que não me surpreendo em ainda gostar de ...
Todas as mentes da noite nos julgaram,
e de tesão meus olhos afogaram tudo o que há de ruim ali.
Longe, correndo porque quero ser seu vilão,
toquei seus bolsos e peguei aquilo
que meu era,
mas eu queria ver você sujo de novo diante de minha mente.
Sigo partindo docemente
aquilo que eu deixei longe em outro continente,
porque eu quero você por um minuto,
que eu não quero pensar no eterno já que todo amor é defunto.
eu tive tantos desejos para esconder,
que não me surpreendo em ainda gostar de ..
Ouvi gemidos no quarto ao lado
e não foi bom vê-los se divertir mais.
Ouvi gritos, palavrões cortando o silêncio
e me deixando em fogo, sem paz.
Parece tão simples ficar aqui e deixar você me tomar,
mas é tão sinistro ver depois tudo pelo lençol se espalhar.
eu tive tantos desejos para esconder,
que não me surpreendo em ainda gostar de ..
Talvez eu tenha muitas coisas para dizer,
mas você não é a pessoa certa com a qual eu deva proceder.
Talvez eu vá embora amanhã ou depois:
e isso é bom para mostrar que por um minuto meu corpo seu foi.
eu tive tantos desejos para esconder,
que não me surpreendo em ainda gostar de...
eu tenho tantas coisas para suportar,
que não aprendi ainda como o pulso c...