quarta-feira, 7 de agosto de 2013

O Não-Amar Ou As Armadilhas Do Berz'ebu Para Os Filhos De Deus


Se você achar um amor
que eu digo ser o meu,
mate-o, por favor,
por em mim tudo já morreu!



Eu queria um pedestal pra pintar minha cara
e beijar a lua com uma faca afiada de sangue e dor,
mas eu escolhi uma posição sem piedade
ou sem alguém para me proteger de minha mesma dor!
Serei eu o meu próprio demônio,
serei meu próprio suserano!
Sem amores para amar, sem beijos a desejar,
sem olhares, sem anjos para adorar!
Eu queria uma tempestade para levar minha casa
e plantar algo além daqui, alguma nova muda duma flor,
mas eu plantei meu amor no solo, e dele nada
cresceu, nada cresceu e no som do tempo tudo terminou!
Semeei eu o meu próprio óvulo,
semeei meu trono, meu ósculo!
Sem dores para chamar de minhas, sem casa pra voltar,
sem um amor pra "meu" chamar!

Eu piso na areia do deserto do Ceará
e chuto a carcaça do Diabo pra lá!
Minha semente morreu sem fecundação
por entre os sonhos de toda nova paixão.

Nenhum comentário:

Postar um comentário