Silenciando aos murmúrios
que me fizerem chorar,
temo a mão que, do escuro
mais vil, vem me tocar.
Os olhos cerrados, o coração
a bater rápido e nervoso,
como se nada além da solidão
fizesse em mim repouso.
Eu caminhei todo o deserto
do Caos e do desterro até aqui.
Matar a sede de te beber eu quero,
mesmo que seja tão raro elixir.
Nevoeiro de olhos teus
que me deixa calado a admirar
a luz que emana de teu quasar,
a fatalidade do amor meu.