domingo, 25 de setembro de 2011

Centro da Cidade



Caminhando discreto
pelo caminho até o centro,
Percebo
que todo mundo é sozinho
até que se prove o reverso.

Vou chorando
esperando o sol parar de me queimar.
Vou cantando
ua música que apenas quem me ama
vai um dia ter como escutar.

Não vou conseguir seguir até o centro da cidade
sem meu cambão de sempre, sem meu passaporte
que me leve para longe dos haters de pouca idade,
que me faça feliz em Fortaleza, que me teletransporte.

Tropeçando na calçada,
Ninguém olhou
minha queda com ar de ajuda.
Esta cidade está virando mais uma
selva, cheia de gente desalmada.

Vou chorando,
sim eu vou chorando pela Beira Mar,
esperando a porra de um carro
ao qual meu DPVAT possa ganhar,
ao qual eu saiba o que dizer além de "Vá se Ferrar!"

Não vou conseguir seguir até o centro da cidade
sem meu cambão de sempre, sem meu passaporte
que me leve para longe dos haters de pouca idade,
que me faça feliz em Fortaleza, que me teletransporte.

Eu não tenho direção,
nem sei dirigir.
Sigo nesta constipação,
sem conseguir digerir
o fato de eu ter te perdido aqui nesta cidade,
o fato de eu nem ter te pagado a última passagem no cambão.


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