sábado, 10 de dezembro de 2011

E-poesia



Pedaços de meu passado
circulam nos escritos.
Sementes de um ser amado
ou algo além disso também.
Uma peça de carne nua
que chama o prazer para si.
Uma peça de teatro em mim
e um segredo que não se pode saber.
Aqui em mim é frio e o calor
lá fora nada pode esquentar,
nenhuma das faces poderá...

Na minha poesia de sexo
eu não citei teu amor,
nem citei o orgasmo
que me deste, porque
sabia que era muito
grande para um poema qualquer.
Existe algo de pagão em tua voz,
no teu jeito de dizer coisas sóbrias,
mas minha cegueira ébria não
pode ver teu beijo me abarcar...

E eu me fecho no azul de meu humor,
cercando as notícias de ti e coisas de amor
que eu não queria novamente acreditar,
mas que mais uma vez dançam a me enebriar...

Existe algo de pagão em tua voz,
no teu jeito de dizer coisas sóbrias,
mas minha cegueira ébria não
pode ver teu beijo me abarcar...

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