quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012
Meu cotoco pra você!
Mamãe, mamãe,
tenha pena de mim!
Mamãe, mamãe,
seu filho é vil e ruim!
Um menino mau e per se viperino.
Algo entre agre-doce e malino.
Absurdamente tolerante consigo,
mas como amante certeiro perigo.
Tez de clara aversão solar
e um humor terrível a falar.
Um menino mau e inseguro de si,
um menino, uma nau sempre a partir.
Mamãe, mamãe,
tenha pena de mim!
Mamãe, mamãe,
seu filho é vil e ruim!
Não se importa com o que dele falam,
inclusive sempre diz: cachorros ladram!
Um desenho e um sorriso delicado,
mas em si um veneno simples e complicado.
Tez de clara aversão social
e um humor terrível, anti-tudo, parcial!
Um menino mau, mal sabe ele do mundo,
apesar de beber a vida num copo fundo.
Um menino ruim, mamãe,
é o que eu sou!
E nada em mim, mamãe,
continua igual, nunca mudou!
Degenerado,
prostituído e não pago.
Nerd transculturalmente
entendido sigo meu caminho
e - sem querer seu carinho -
sou ruim comigo mesmo, baby!
Decapitei meus ícones
e meu heróis... Eu os comi no jantar!
Eu sou uma criatura ruim
e de todos não quero graça,
apenas digo: mamãe, tenha pena de mim!
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