-Extra, Extra, polícia, eu liguei pra avisar:
a assassina de laranja e cúmplices tão em Natal.
Vieram de Fortaleza apenas pra acabar
com a paz e fundar u'a nova igreja Pentencostal.
Ela usa roupas cores de laranja, cítricas, num sei o quê.
Fala alto e usa alpargatas que nem sabia que tinha pra vender.
Venham logo e tragam reforços em nossa prol,
que a assassina veio cheia de pílula de paracetamol!
Dizem que ela veio de Fortaleza qual cangaceira,
cheia de roupas d'algodão e trazendo uma peixeira!
Não é que ela seja ruim, mas tenho medo de perguntar
se ela veio aqui ver nossas belezas ou me matar!
Ela traz uns comparsas estranhos para nos botar medo:
um que faz mungangos cas mãos e que falo lig'ero;
outro todo magrinho e de olhar viperino e de abuso -
me mete medo saber que posso tá nim apuro!
Agora eles tão contando o dinheiro, meu senhor da polícia!
Saber que eles querem de mim era apenas o que queria.
Será que eles querem pagar as linguiças ou não?
Quem saberia a resposta de tão vil questão?
E começa ela a falar alto e me mete medo d'ouvir!
E começa ela e vir falar comigo! - eu acho que me f#@i!
- quanto deu?(diz ela) - é por conta da casa, senhora!
(penso: e o que será de mim? Que fará ela agora?)
Pois tá bom! - é o que ela diz para mim..
E segue com os outros dois num caminhar
suspeito e maligno do começo ao fim.
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