quarta-feira, 11 de julho de 2012

Círculos Rompidos



No escuro, no breu, na escuridão,
os vampiros caçam meu sangue
e eu me revicio na minha doce solidão.
Ah como eu amo dançar nas trevas!
Como eu amo sentir o tempo roçar
nos meus cabelos e nas verdes relvas!

Quando eu cair sozinho no chão,
eu quero sentir meu dorso tremer de dor,
eu quero sentir toda a agre-doce contusão
de viver nesta vida sem amo ou senhor!

Infectado com o orgulho de meu pecado,
sigo meu caminho criando monstros
e beijando a noite com batom adocicado.
Ah, baby, como é bom dançar sozinho!
Como eu amo sentir o tempo corroer
meu espírito e fazer de mim melhor vinho!

Quando eu cair sozinho no chão,
eu quero sentir meu corpo tremer de medo,
eu quero sentir toda agre-doce emoção
de viver na vida sem sonho ou pesadelo!

Círculos cortados e eu ando aqui calado
e seguindo o canção.
Tudo agora é novo e de tudo serei agouro
já que perdi o trem pra Sião!
Na escuridão, eu me calo e espero você ir embora,
ciente de minha nova condição,
de minha constante inquietude que, nova, já aflora.

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