terça-feira, 18 de agosto de 2015

Desde Então.



Três planetas a girar
por entre as nuvens
e por entre o mar
de estrelas a brilhar, a brilhar.

Na Noite de fogo e de amor eu sinto um pedaço de mim se erguer!
Na Noite de gozo eu sei que existe algo no infinito que dá prazer!
Uso meu signo como defesa
e, contra minha natureza,
me desfaço de choros e velas
para erguer no Parnaso minhas caravelas!

Três oceanos de puro anil
com estrelas e pulsares
a girar por entre o infinito pueril
de nebulosas e de vazio.

Na Noite que queima as horas a passar, eu vi que existo algo além.
Na foice do Tempo-Deus, meu coração derrete e meu corpo também.
Uso meu signo como escudo
e, contra os olhos do escuro,
eu crio caminhos estelares
por entre Deuses, luas e quasares.

Toquei a face do Deus Sol poente no ocaso
e não foi por acaso que o vi desnudar
o pedaço de fogo que no bolso fui colocar.
Troquei de sexos muitas vezes antes de viver
e não foi como mártir do paz que fui me convencer
que a vida é perdida na definição,
que tudo é fatal desde então.

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