segunda-feira, 18 de abril de 2011

O Retrato de Mim Mesmo no Espelho do Tempo

Certo é que aquele que não se tem
não pode ter mais ninguém...



Filho de uma mãe pobre,
filho de um pai não nobre,
tez quase imperiosa,
voz feroz, libidinosa.
Oh, baby, só eu sei o ruim e o bom de ser eu mesmo!
Oh Oh, me deixe errar até o fim - assim ser eu desejo!

Atmosfera,
esfera de ar,
quem dera,
quisera um dia voar...

Destino de mais um qualquer.
Espinho de um Deus fiel. Sem fé
eu sigo sonhando sincero, caladinho
eu sigo minha estrada, meu caminho.
Oh, baby, só eu sei o ruim e o bom de ser assim!
Oh Oh, não me deixe cair sem teu beijo ao fim!

A-Atmosfera,
esfera de poeira,
quem dera,
quem é ela ali na fogueira?

Suicídio assistido,
televisão parada,
rádio retransmitido,
parada de ônibus, parada errada!
Esquecido por mim mesmo,
filho de uma puta sem fé,
eu sou eu mesmo, assim desejo
um dia encontrar a felicidade, yeah!
E no sentido das coisas pagãs,
eu sigo calado meu caminho,
pensando na minha alma cristã,
rezando minha beleza, temendo ser sozinho,
porque meu desejo é sempre cair em desatino
e um dia não mais tecer a corda negra de meu destino...

Oh, baby, apenas eu,
e apenas eu mesmo
posso saber, posso temer
a beleza e terror de ser eu mesmo.


Atmosfera,
esfera de ar,
quem dera,
quisera um dia voar...


Pareço mais calmo?
Pareço mais calvo?
Apenas meu pudor pode te tocar,
mas eu ainda posso te amar
ao cair da noite,
ao saber que nada sou além de teu simples brinquedo,
que eu nasci para te completar...

Oh, baby, só eu sei o bom e o ruim de ser eu mesmo...

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