domingo, 10 de março de 2013
Sobre O Menino Esquecido ou A Infecção
Infectado com a seiva fatal,
envenenado por alguma forma de vida não animal,
permeado por seu corpo a se autodestruir,
eu o vi passar, eu o vi cair.
Por entre os leitos tristes e pesados de corpos mortos em vida
e com seus dias contados por máquinas a apitar, a apitar,
como ele poderia fugir de sua sina assassina de morrer? De acabar?
Até o Sol cansou de brilhar para ele.
Por entes perdidos de uma ciência não natural e cheios de virilidade
juvenil, mas com pensamentos torpes e cheios de "senãos", talvez
ele não quisesse acabar ali, não quisesse morrer daquela vez.
E o Sol sempre cansa de brilhar por ele.
Infectado com a seiva fatal,
envenenado por alguma forma de vida viral,
permeado por signo humoral de proliferação,
eu o vi ser atacado por si mesmo ali em vão.
Infectado por alguma seiva natural
e meio morto antes de começar a lutar.
Infectado pelo Sol que desistiu dele cedo
e o deixou morrer em si mesmo, ali terminar.
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