quarta-feira, 8 de maio de 2013
A Ti Toda Minha Iconoclastia
Fera calada que segue olhando a estrada
por entre as pessoas que dizem amor,
qual um lobo sujo do sangue comido e tolo
em pensar que há algo além do proibido.
Eu sigo comendo pedaços de mim e tomando
meu próprio suor como refeição. Toda nossa
história, todo nosso amor é posto em prova
na minha crucificação.
Estrelas e outras figuras de um amor poético
ou alguma forma de dizer que foi bonito
não fazem mais sentido na minha carne póstuma,
comida pelos vermes do passado e dilacerada
por alguma forma de vida que não sou eu. Bebendo
minhas entranhas qual vinho tinto-fogaréu, eu sinto
seu novo-eu se distanciar da imagem que criei
e pintei no lugar mais puro do Céu.
A ti toda minha iconoclastia, baby!
A ti toda minha heresia e forma de profanação,
já que eu te quis em mim e nisso foi nossa fatal comunhão...
A ti toda minha iconoclastia, baby!
A ti e apenas a ti minha forma de lascívia e amor terreno,
já que teus olhos já não me olham mais tão serenos...
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