domingo, 19 de maio de 2013
Acariciando O Que Passou
Toquei a parede
cheia de lágrimas e lodo
de quando parti.
Senti toda a mentira de
viver feliz e notei algo
antigo a me fazer sorrir.
Caindo na armadilha de lembrar,
caindo na armadilha de recordar
e seguindo a batida de seus passos
que de sangue tudo foi manchar.
As coisas podem
sempre mudar ou não.
É fútil ficar aqui
mesmo com tudo para
ir embora. É estranho
estar vivo tão longe assim.
Silente e pueril eu sinto suas mudanças,
silenciando minha voz, perco as esperanças
de algum novo e feliz final: já calei os sonhos,
já me deparei com suas novas bonanças.
Apenas sentindo o copo caindo
pelo chão. Tocando seu rosto na memória,
sentindo nossa última comunhão.
Talvez não seja tarde para dizer
que eu fui tão feliz que poderia morrer...
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