quarta-feira, 12 de junho de 2013

Eu Pintarei Teu Nome No Meu Chão


Eu toquei na Lua docemente
sobre a fronteira do coração,
e nela plantei aleatoriamente
algum novo poema, nova canção.

Estrofes escritas com sangue
e algum sofrimento na poética,
mas eu te vi e te quis de relance
no fim de uma noite gélida.

E eu toquei no chão e senti o calor
que saia de teu pé.
Eu toquei teu rosto e senti teu olor
por entre tantos rostos sem fé.

É doce te sentir por mim deslizar.
Bem além da fronteira do norte,
eu te observei sorrindo a beijar,
criando uma nova esperança tão forte.

Eu beijei o chão e nele plantei teu odor,
mas o vento o fez chover
por entre as plantas que alguém plantou
no meu bosque em degradè.

Eu pintei teu rosto onde tinha outra voz,
chorei nas cores que eu criei
e te dei um pouco de minhas lágrimas em foz -
águas de um rio que um dia nadei.

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