Todo tempo a caçar
um sinal, uma gota,
algo que me faça lembrar
do que de mim era,
do que mim eu fui antes de mudar.
Toda espera tem início
em minha dúvida, certeza
proscrita de algum prejuízo
em ser eu mesmo,
em me perder por entre os alheios vícios.
Vi passarem os carros de nossa amizade,
perdendo por entre os dedos minha identidade
frente um bem maior.
Vi passarem as noites pelas ruas da cidade,
trazendo consigo algum novo sinal de sanidade
para meu espírito só,
mas onde eu estive quando tudo isso ocorreu?
Quando tudo mudou assim, onde estive eu?
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