sábado, 1 de setembro de 2012
Talvez Seja Um Feliz Aniversário Atrasado
Chutando pedras pela estrada
eu sigo. Sinto o vento a soprar
e vejo lá no alto a Lua a brilhar.
Minha face agora fica calada
diante de seu sorriso,
diante de toda distância
que existe entre antigos amigos.
Existem tantos crimes para se punir
e eu não consigo me absolver
por ter deixado tudo isso ocorrer.
Minha voz agora não consegue sorrir
do mesmo jeito, não,
diante de toda distância
que separa nosso aperto de mão.
Todos olham e me questionam pelo fim,
mas eu nem sempre sei o que dizer,
nem sei se existe algo para responder,
já que nem tudo foi devido a mim,
mas é que a verdade
de que nunca haverá alguém
como você dói de mais na minha insanidade.
É tarde para escrever algo musical
para você!
É tarde para tentar viver algo especial
sem você!
E as coisas que me fizeram feliz antes
parecem tão tristes agora.
E eu mesmo fiquei tão auto-mutilante
que nem sei mais o que importa.
É tarde para querer voltar ao passado e viver algo melhor.
Talvez eu e você possamos de vez em quando nos olhar.
O tempo levou os barcos de antes para longe de nós
e eu fiquei aqui vendo você ao norte de mim se distanciar.
Então eu digo:
deixe-me sozinho e deixe eu voltar para casa,
deixe-me fazer minha própria história,
escrever minhas músicas para outra face calada,
deixe-me viver uma felicidade sem você (mentira notória!)
Talvez eu não queira voltar de onde eu vim.
Talvez eu não tenha certeza nenhuma
e queira apenas vestir minhas roupas e ficar aqui,
mas eu não minto em dizer que não haverá ninguém como você.
Relembrando os velhos tempos,
sem respostas para todas as questões,
sentindo o tempo roubar minhas emoções,
vendo tudo ficar puro embotamento,
talvez eu queira dizer algo mais,
talvez a Lua possa trazer alguma paz,
mas eu não minto em dizer que não haverá ninguém como você;
e agora que eu perdi todos meus heróis
eu quero apenas ir embora e chegar em casa
com um pedaço de seu bolo para depois do sono comer...
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