quinta-feira, 8 de novembro de 2012
Do Lado Do Ônibus
Do meu lado do ônibus ninguém sentou
e eu fiquei esperando as paradas à toa.
É difícil pensar em alguém que você nunca
vai de novo rever ou tocar a mão.
As coisas mudaram segundo o tempo delas mesmas
e eu me perco, me perco nas minhas incertezas,
já que não há erro nem razão,
já que não há mais beijo ou aperto de mão.
As coisas mudaram no tempo delas!
As pessoas mudaram no tempo delas!
A grama não cresceu sob meus pés
e agora eu me vejo todo coberto de terra, de terra!
Do lado de lá sempre parece melhor ficar.
Eu fiquei aqui para manter minha vaga na mesmice,
mas agora parece tudo tão estranho aos meus olhos
e tudo parece turvo ao meu olhar, à minha visão!
As coisas se transformaram do lado que eu não estava
e eu me perdi no caminho de volta para a antiga estrada,
ficando sem motivo ou razão
para acreditar em algo maior ou melhor do que o chão!
As coisas mudaram no tempo delas!
As pessoas mudaram no tempo delas!
A grama não cresceu sob meus pés
e agora eu me vejo coberto de terra, de terra!
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