quarta-feira, 21 de novembro de 2012
No Final Do Telescópio Ou Andarilho IV
Você não pode sentir
todo o sentimento
que eu gosto de ver
nascer quando vejo seu rosto ali.
Você não sabe todo
tipo de sorte de dores
que eu tive de calar e fingir
não haver nada ali para ser menos tolo.
Você não sabe o quanto
eu mudei e nem poderá
saber, já que você
vai ficar aí protegido de mim no canto.
E se eu achasse um anjo novo
ou alguma nova forma de amor para chamar de meu?
E se eu pudesse sentir isso de novo
ou pensar em ser forte é algo tão ruim quando dizer adeus?
Você não me conhece mais
nem eu sei mais quem é,
mesmo assim gosto
de saber que seu rosto está ali.
Você não sabe todo
tipo de pensamento
que eu tive de calar e fingir
não pensar em nada para doer pouco.
Você não sabe o quanto
eu mudei e nem poderá
saber, já que você
vai ficar aí protegido de mim no canto.
Eu sinto seu movimento à distância.
Especulo com meu telescópio
que tipo de novo amor ou amado
você cativa dentro de si...É inglório
querer você do mesmo jeito de antes,
mas já me contento em tê-lo aí:
tão mais perto, tão menos distante.
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