sábado, 14 de setembro de 2013
Ao amor, um brinde na Bastilha!
Todos os amantes mentem
sobre seus dotes na noite! (e isso não é algo tão bom assim...)
Víboras e vespas vespertinam
para sentir o sangue que aflora ao fim.
E eu não consigo ficar fora de sentir
todo seu movimento de perdição dentro,
eu não consigo me satisfazer com o toque:
preciso de seus desejos perto de mim.
Na noite passada, todos beberam
e se corromperam no chão.
Na noite passada não houve pecador
que não profanasse o amor cristão.
Minha mente não conseguiu esquecer
seu rosto, mas eu a dopei e a seduzir na escuridão.
Nosso destino é a cama suja de algo redondo,
alguma forma de consumismo carnal
ou ficarmos nus de frente para o mundo
numa posição nada usual ( alguma que ninguém fez igual!)
Todas as palavras ditas soam
na efemeridade dos dentes de leite ( e eu não consigo me eternizar!).
Lácteas secreções, pus em contaminação
pelas areias do chão, mas eu queria tentar de mim te deletar!
Seria tão criminoso querer algo mais forte
e duradouro que tudo aquilo até então?
Eu preciso de um novo motivo para te dizer ódio,
já que todos os antigos eu usei até cansar.
Na noite que acabou, brincamos
demais com pedaços de nós.
Na noite que acabou, eu e você
fomos diluídos em tantos pós
que não haverá tempo na curva
do tempo para sermos de novo um só.
Nosso destino é a cama suja de algum lugar quente,
alguma forma de corrupção desmoralizante
ou ficarmos nus e animados de frente
numa posição de amor despersonalizante (infernalmente Dante!)
Quando eu me toquei e senti os dedos chegarem no Nirvana,
eu notei teus montes distantes de um Olimpo cinzento!
Eu não queria acabar tudo da mesma forma anterior
nem queria dizer que existe alguma forma de amor,
mas eu amei brincar com teus pedaços por cima da cama
e fingir ser tudo limpo e doce (quando na verdade era grudento!).
Coisas rodavam pelos espelhos, e não havia como dizer não,
mas, na noite passada, eu senti teu beijo, teu desejo de união.
Deitado nos sonhos do que passou, eu acordo e tenho desejo
de ter pecados em comum para contigo compartilhar,
mas o meu rosto a refletir no espelho
grita para mim que o sol hodierno selou ontem a noite que foi acabar.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário