domingo, 13 de outubro de 2013

O Besouro Do Prazer Não Quer Te Ver Amar



Matar a arma branca que se esconde
por debaixo do sorriso incauto
e na noite fingir irmandade para apenas
desenganar-se num tecido falso.
Matei a virgindade e pureza que raiavam em mim
e pus no pus algo mais doce que um mero vinho carmim...

Branco olhar de esclera amarelada
por debaixo da escada, da sacada ele esconde uma faca!
Não é tentador beijá-lo nu ou coisa e tal,
mas é perigoso ter nele algum desejo além do superficial!
Antigos amigos deixados para lá
e uma boca nova, apenas novamente, para beijar
e na noite, silente, a todos enganar.

Sambar na vibe desperdiçada d'algum anjinho
e achar-se belo por não ficar ao fim sozinho!
Uma prostituta de poucos dentes esconde sua dentadura
por debaixo da lei que desgasta a nossa pintura!
Antigas proibições tomadas como lei
e eu não tenho mais virgindade para dar ao Rei,
e na noite, silente, eu vejo que de novo me enganei.

Matar a arma branca que se esconde
por debaixo do sorriso incauto
e na noite fingir irmandade para apenas
desenganar-se num tecido falso.
Matei a virgindade e pureza que raiavam em mim
e pus no pus algo mais doce que um mero vinho carmim...

Enterrei minha doce amargura
e caminhei sozinho às escuras
num caminho de quem sabe lá.
Não foi pouco nem foi seguro
beijar tua voz naquele escuro
n'algum desejo profano d'além mar...

Matando os porcos aos poucos
a faca vai perdendo seu tesouro
e não é caro nem dispendioso a amolar!
Por debaixo do morro, um besouro
pintado de negro ou de ouro
vem, com seu zumbido, te/me afugentar!

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