segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

De la Luna y del Sol-Rey


Uma vez era num tempo já
esquecido,
quando se valia a pena sonhar,
pensar nunca era errado, não era
proibido,


a Lua se apaixonou pelo Sol
celestial.
Uma fulgor a fez tremer diante daquele
para quem devotou um amor
sem igual,


qual apenas ocorre
com os apaixonados,
qual somente ocorre
com quem se ver levado.


Mas os dois nunca se podiam
encontrar,
a Lua apenas via a luz de seu amado
resplandecendo por entre as nuvens
a bailar.


Num encontro fortuito, um eclipse
ocorreu,
os dois amantes se encontraram pela prima vez -
o amor da Lua e do Sol feriu a imensidão do
terrível breu,


qual apenas ocorreu
aquela vez, apaixonados,
os dois se separaram
 - o eclipse é findado!


Nas noites seguintes, do amor se fez um suspiro
de nostalgia.
Os tempos se passaram como céleres somente,
chega a Primavera - a Lua em tez
de beleza jazia.


Um filho estava sendo gerado daquela
aventura,
pelas noites a notícia se há corrido, se há levado
pelos ventos das vozes das terrenas
estradas escuras.


Um servidor do Deus eterno
fica sabendo dos intuitos e fazeres do Sol.
Conta-os ao divino Pai.
Nada se há do que fazer - 
o destino estava já traçado - 
O filho não chegará a crescer.

Num dia de estranho encantamento,
a Lua se pôs a parir,
o Sol estava em tormento...
O menino que nasceu foi ferido
pela arma de Deus.
- Não se pode ter este rebento!
A lua sofreu.

No céu azul dos anos que passaram,
toda vez que os anjos despontam na alvorada,
um sentimento de morte se apodera do Sol e da Lua...
Tão perto, mas tão longe outrossim.
As chuvas são o choro de um pranto sem fim.




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