quinta-feira, 16 de dezembro de 2010
Sonhador
Negra noite,
negros olhos de dor em mim.
Tu me deixas.
Este é o nosso terrível fim.
Como amar?
Como se temo o final?
Eu quero viver a eternidade dos fatos,
morrer nos braços de meu corpo sagrado,
como um sonho que não passa,
sonhador de fatos, passado!
Como um sonhador!
Que será de mim?
Se teu beijo já não é mais meu.
Que terei de mim?
Se nada que eu tinha é mais teu.
Qual o passo?
Que devo fazer para te ter?
Eu quero viver a eternidade de novo!
Viver como se tudo fosse final , derradeiro gozo
de um sonhador!
sonhando com o passado, largado.
Como um sonhador!
Eu gostava de sofrer por tudo aquilo,
gostava de te ver partir e nem saber o caminho,
gostava de beijar, de esmolar por teu carinho,
mas tu me tiraste tudo, até o que me era mais querido.
Tu me mataste! Mataste meus sonhos de beleza!
Me deixaste como um ser sem rosto, anônimo
no meio da escuridão do desespero - morrendo!
Não me deixaste sede nem fome. Sou o sinônimo
de um presente sem beleza, de um passado horrendo.
Como um sonhador,
sonhei em ti,
te criei.
Nem fui eu quem te amou,
nem foste tu que matei,
a mim mesmo foi...
a mim mesmo foi...
e agora não haverá mais depois.
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