sábado, 16 de novembro de 2013

Teu Sexo Reaver



Travestido de eterno e sincero em seu passar,
eu mantenho meus desejos presos em mim,
mas eu temo que eles possam se espalhar, se espalhar.

Calando diante do Trono e dos Deuses que ladram,
o meu desejo de paixão não pode se perder
perante toda fome de sexo que o mundo vem vender.

Num momento seguinte, eu estou solto
e preso em meu próprio pecado,
mas como amar alguém tão desejoso
sem querer consumi-lo assado?

Eu saio nu diante do sol e preservo meu pudor
com dedos e folhas a esconder. Meus olhares
se perderam por toda a imensidão dos andares.

É o preço de amar ficar aqui e sentir todo este calor
que me derrete e se repete no eterno ato de acabar,
no movimento sereno da destruição recriar, recriar.

Num momento seguinte, eu fico louco
e tento seu sexo novamente reaver,
mas é tolo querer de novo algo
que de verdade eu nunca fui ter, nunca fui ter.

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