quinta-feira, 29 de julho de 2010

E eu deixo ir embora

"Je laisse aller, me laisse inhaler, 
Les vapeurs en dégradé ... 
Evaporée, comme la fumée, dans un nuage cendré.
Mon opium, pas de sérum, mon opium (opium) 
Mon opium, pas de sérum, mon opium"




Festeje o caminhar das horas,
festeje o despir-se dos dias
e o final da tristeza que foi embora!
Festeje os santos em que acredita,
as imagens para as quais implora!
Festeje o tempo que se foi e,
sobretudo, a beleza que renasce agora!

E agora meus sonhos se perderam no ocaso...

Vamos cair no mundo da perdição,
dançando com homens pelados,
com mulheres em ciosa situação!
Vamos cair no leite da lascívia
e nos cantos da mais suja devassidão!
Vamos que esta é a hora de pecarmos,
é hora de não sermos cristãos!

E agora meus sonhos se perderam no ocaso...


"Teu cheiro me fazia até me excitar,
mas agora temo que não faça mais!
Nada em ti me força a me masturbar,
nada em ti me lembra o desejo de trair
ou o encantar de contra a castidade pecar!

Oh que teus olhos já não me fazem sonhar mais!
Oh que teus beijos não me fazem perder o sono
nem muito menos a minha doce e tenra paz.

O vestido da Primavera já se mostra visível ao olhar.
E tudo que me era inverno ou outono,
no fundo do mais longínquo passado foi se afundar!

Teu cheiro me fazia até me excitar,
mas agora temo que não faça mais!
Nada em ti me força a me masturbar,
nada em ti me lembra o desejo de trair
ou o encantar de contra a castidade pecar."


O sono dos profanos me fez dormir como um porco.
E agora meus sonhos se perderam no ocaso
da santidade do teu corpo gostoso,
de teu prazer em tua voz, de teu sonho
de perdição, de teu corpo formoso.
Tudo em ti me faz esquecer o que passou,
o meu tempo de sofrer, desditoso...

Um comentário: