Toco sua mão.
Sinto o gélido sabor da
morte a te tocar.
Eu sei como dói
a escuridão
de tantas vezes nela
querer morar.
As penas esvoaçam
e elas tocam minha
face a chorar.
Sinto que o tempo passa
e que teu sorriso
apenas em mim ficará.
Sem prognóstico!
Sem prognóstico!
Sem prognóstico de cura
eu sigo a te vigiar...
Sepse, Linfoma
difuso no meu coração,
a mágoa da impotência
e a certeza da desilusão
queimam minha mente,
dissolvem-na em destruição...
A morte cerca meu olhar
e eu, de tantas vezes a ver,
sinto em ti com desejo tocar...
Eu desejo não perder teu sorriso
e não ter que por ti morrer,
mas eu sinto que tudo já é perdido...
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