quarta-feira, 7 de abril de 2010

Novela Psicológica


Capítulo 5 - Do final de uma Estória sem nem Começo nem Meio

Muitos pensam que Cristo é um homem, mas eu penso diferente: para mim Cristo é um pato.
Minha mãe não me trouxe o café hoje. Por que? Eu não sei. Eu não sei...
...
A velha senhora me aparece e me diz em voz solene:
-Meu filho, tende piedade de ti mesmo e de teus sonhos criados, de tua mentira ornada e de teus passados presentes que amargam em tudo um traço de um futuro, de um viente diferente de tudo que tu queres para ti, para tua vida em si.
Aquilo me fez chorar.
Eu entendi que o começo de minha vida não reside na desesperança de uma morte que chegará, em fingir que minha vida será eterna, que haverá um além desta terra que vivo, desta terra que morro a cada dia sob o efeito dos tempos, das tempestas de sentimentos e do sol que me queima as retinas em pó. A vida é um jogo de azar, onde o primeiro passo não é o mais importante, nem o meio nem o final; o que realmente importa é como se faz, que no final todos iremos para o mesmo nada, para o mesmo limbo da existência...
Deus e minha mãe são pessoas boas!
Eu é que sou ruim.
...
Toda noite eu tomo minha sertralina, mas não percebo meu eu voltando. O que me ocorre?
...
José?
José, meu filho!
Está na hora de acordar! Já, já começa sua aula. Vamos! Se levante e vá tomar seu café que eu vou ao banco receber o dinheiro de seu avô, viu.
beijo, meu filho.
...
O copo?
Que copo?
Está vazio de novo?
Novo, novamente?
Não entendo mais nada deste negócio!
...
A porta não abre!
A porta não...
Meu Deus!
Meus olhos não abrem!
Meus olhos...
...
Sal? Você gosta de sal no seu ovo?
sim, eu gosto.
Ah então eu vou colocar aqui, pera!
tá, eu pero.
...
Vou dormir que é o melhor que eu faço.
...
FIM

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