domingo, 11 de abril de 2010

Rio sem foz


Rompem o frio do norte
as fúrias da solidão.
O signo de Deus e
as brumas da morte
como nunca antes
se teve a chance de vislumbrar,
num fogo de chamas, um altar.

Virgens cantam e dançam
ao redor do fogo, do sinal.
Eu não posso mais dizer o que
eu disse antes, antes deste Mal
tomar Jerusalém como abrigo,
antes d'eu matar minha fé com ilusões,
quando ainda eram nosso os torrões.

Nostradamus e outros tantos
previram um reino feliz e pacífico,
mas eu ainda não achei meu sexo,
nem onde mora o Pai do Paraíso.
Meus sentidos se perderam no começo,
meus sinais se perderam de minha voz,
meus rios se perderam numa mesma foz.



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