sábado, 10 de abril de 2010

D'o conto d'Analice e a Terra do Céu


Onde eu estou? Mamãe? - se pergunta a menina Analice.
Onde ela estará? Bem, de fato eu não sou a pessoa que saiba mais sobre o canto que ela está; no entanto, vou tentar descrever. Ela estava deitado numa grande nuvem, rodeada de muitos pássaros multicoloridos, seu cabelo vermelho se destacava na paisagem, como também sua roupa azulado...Bem ali perto de onde Analice estava deitada, havia uma pequena mesa cor de madeira, na qual uma taça de suculentos morangos dormia também. Os olhos da pequena ruiva se abriam vagarosamente, meio que tentando se proteger da luminosidade, que era muito forte. Quando Analice abre seus olhos tem um grande susto. Ela percebe que está olhando para sua cidade, vendo-a de cima, como se estivesse nas nuvens, mas aquilo era uma coisa meio louca, porque em sua volta havia nuvens, elas eram o chão e a cidade o céu; ou é Analice que morreu? Eu estava dormindo, tive um sonho e...E agora estou aqui...Agora ela nem sabe mais onde está. Ela toma coragem, levanta-se...Ela teve uma sensação que nunca tivera antes...Era como se realmente ela estivesse no Céu, como se a terra fosse o teto do mundo e o céu fosse o chão, numa troca de papéis que ela nunca pensou que existisse. Isso deve ser um sonho, certeza! Isso não tem a menor lógica!
A moça percebe a bela taça de morangos na mesa de cor marrom. Não havia como não perceber aquilo. Os pássaros voam por todo o canto, deixando suas penas caírem pelos ares, como num balé de plumas...Meu Deus, onde estou? Ela não tinha a menor noção do que estava acontecendo. Confesso que nem eu também. Para mim tudo isso é novidade. Analice se dirige à mesa. Era como se os morangos a chamassem, como se eles quisessem ser comidos por ela, por aquela menina-moça de cabelos estranhamente vermelhos...Os morangos queriam ser comidos...Eu posso até ouvir eles me chamando agora: venha me comer, venha...venha...sua fome nos libertará...E Analice foi fazer o que eles pediam...

Um comentário:

  1. Suas histórias são bem construídas. seu estilo é mais fantástico, não tem muita verossimilhança. no entanto, talvez por isso, seja um estilo muito interessante, pois demonstra uma imaginação fértil. é totalmente inesperado. mas confesso uma coisa: gosto de tu escrevendo poesia. Bju

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