O que te fazes chorar?
Numa paragem longe desta de onde estou,
uma moça donzela por um rapaz s'apaixonou.
No coração dela, as flores da paixão nasceram,
destruindo razões que antes ali cresceram.
De tempos em tempos, ela via o seu amado passar,
mas... ele nunca a devida atenção foi lhe dar.
Mas em um dia de verão tórrido e de clima infernal,
os intentos dela se tornaram algo vivo, algo real.
Maria,
não te vás apaixonar!
Maria, Maria,
já vejo tu'alma sangrar!
Menina,
olha onde tu te meteste!
Menina, menina,
ele te queria só uma vez, entendeste?
E se findou as chances daquele encontro.
Nunca mais foi dela aquele tão másculo ombro,
nunca mais aquele cheiro lhe pertenceu
nem aquele corpo dele lhe tomou, lhe aqueceu.
Maria,
para onde queres voar?
Maria, Maria,
deste monte não vá se jogar!
Menina,
que eu vi crescer desde criança.
Menina, Menina,
que hoje não vê em nada esperança.
O vento o soprou para longe de teu sentimento.
O vento te esperou por longos e longos os dias. O tempo
te esqueceu em teu própria enterro,
onde tudo era morte, tudo era desterro.
Impressionado cada vez mais com este talento.
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