quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Dança da Escuridão

Ela se vestiu como a mais bela mulher.
A noite parou e os ventos também.
Nas igrejas nenhum grito de fé
nem sequer algum parco amém.

Ela sai de casa como se o mundo fosse seu,
atravessa a rua, larga rua por sinal.
Ela perpassa as nuvens da noite e todo seu breu.
Para ela nada mudou, tudo está igual.

Ela não pensa em parar,
ela não quer cantar,
ela...
Cantar quer ela não,
mas sua voz cai no chão
e se quebra em mil pedaços.
Ninguém pode juntar.

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