domingo, 27 de dezembro de 2009

Ode a você

Primeiro amor,
amor de meus dias,
razão da minha vida,
da minhas tristezas e alegrias.

Primeira despedida,
meu primeiro adeus,
primeira ferida
que até hoje em mim dói, em mim doeu.

Raiz tão firme eu plantei,
amor tão sublime,
tão tão que nem de ser amado me lembrei.

Raiz tão fina, fina de sabor,
fina de cheiros, de odores,
de razão, de paixão e de calor.

Primeira vez que eu fui alguém,
razão prima de meu sofrer,
de meu jeito horrível
e de minha felicidade também.

Primeira de primeiras,
primeiro de primeiros,
causa de um soneto inteiro
e flor de uma Primavera derradeira.

Eu quero que você saiba,
que você tenha noção,
que eu sou outro agora,
que eu não sou mais eu,não.
Que tudo é o mesmo depois de você,
que você nem acabou pra mim ainda,
que tudo é você, desde a noite
até a mais feia esquina.

Subindo, subindo eu vou,
eu vou subir até você,
eu vou amar até você sumir,
até você morrer,
até o mundo ruir
e minha língua derreter.

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