sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

The Ball

Estrelas e nuvens no teto lunar
e o seu beijo na minha boca,
uma dose de vodka louca
até meu corpo no seu desmaiar.

Seu cabelo toca minha face clara,
sua pele esconde em si um pecado
que minhas mãos terão o recato
de arrancar a sua colorida máscara.

Vou pela noite à fora,
vou caminhar como um cachorro, se preciso for,
mas sua alma é minha,
da mesma forma que é seu todo meu corpo, meu amor.


O piso estrelado da pista
mostra que essa é nossa deixa,
mostra que é a hora perfeita,
mesmo que nosso amor não exista.

Apenas sinta o que nos cerca,
apenas sinta o meu coração pulsando,
sinta, sinta meu corpo desejando
seu beijo, sua carne de luxúria repleta.

Vamos pela noite à fora,
vamos caminhar como cachorros, se preciso for,
mas sua alma é minha,
da mesma forma que é seu todo meu corpo, meu amor.

O modo como isso ocorreu,
a maneira como conheci você
parece brincadeira, mas viver
é uma dádiva de perigo, amor meu!

A guerra dos prazeres pecaminosos,
a briga de seus olhos em fúria
mostram-me como somos injúria
aos caminhos corretos, não pedregosos.

Vou pela noite à fora,
vou caminhar como um desvairado, se preciso for,
mas sua alma é minha,
da mesma forma que é seu todo meu corpo, meu amor.

Vou pela noite à fora,
vou caminhar como um desocupado, se preciso for,
mas sua alma é minha,
da mesma forma que é seu todo meu corpo, meu amor.

E no correr das horas que passam,
no correr das vidas que acabam,
nós seremos um só ao sabor dos ventos,
nus e mortos como se fôssemos superior ao tempo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário