quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Cadela no cio

Baby, seus olhos de verão
numa praia deserta,
numa noite de solidão
iluminam o que resta
de vida, de ilusão.

Espero que esta noite seja boa,
espero que me ame, que seja à toa,
porque tudo passa, tudo corre em vida
e seu corpo delicioso é minha única saída.

Baby, tomo meu vinho barato
com olhos de cadela no cio,
espero que eu seja amado.
Seu corpo é meu doce e calmo rio,
no qual me sinto livre e desejado.

Espero que esta noite seja nossa,
que você detenha meu sangue, minha carne fogosa
como sempre faz, baby, como sempre faz,
porque a vida é ligeira demais.

Baby, as coisas que dizem sobre nosso amor,
as verdades e mentiras do fim do mundo,
não me importam, não as veja com humor:
quero que você seja meu pecado imundo
mesmo que isto à humanidade cause horror.

Baby,
Baby,
estou tão feliz que...
Que poderia tomar meus remédios,
que poderia me matar por você,
matar por você...
Poderia morrer...
Baby,
Baby,
o tempo já não me diz nada,
a morte já não me importa...
Eu quero morrer em tua morada,
ser tua morada,
morrer,
viver e mais nada.


Espero que esta noite seja proveitosa,
que você detenha meu sangue, minha carne fogosa.
como sempre faz, baby, como sempre consegue,
porque a vida é ligeira e nunca mais se repete.


Nenhum comentário:

Postar um comentário