...No fundo do meu corpo profano,
no fundo, no fundo ainda vivo teu sonho,
ainda creio no amor humano,
mesmo que todo fim seja medonho...
Você ainda move o mundo que eu vivo,
mas não sei o que você queria,
o que você queria quando foi embora,
quando sumiu do meu mundo,
quando eu nem vi mais o que restava...
o que restava no armário que você me deu,
o que restava em você de minha vida, de meu eu...
Pronto para a morte eu sempre estive,
mesmo quando a noite era alegre e o dia
nada tinha de mais triste que o seu intenso brilhar...
Mas você foi embora da minha vida,
mas você não sai da minha mente...
Sua voz ecoa em mim, em mim ela ecoa...
o que restava no armário naquela noite final
era o símbolo que meu desejo não morre, não é mortal...
Eu sinto você no meu olhar,
eu procuro você em todo lugar,
tudo me lembra de você, de sua voz...
Me lembro que eu era rio e você foz
quando na noite andávamos,
quando o fim não era esperado...
Mas o fim sempre vem, mesmo que não convidado...
E à noite eu soube,
sua voz não mais se ouve...
Nunca mais se ouvirá,
porque você morreu em mim, nunca voltará...
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